A-FINIDADE - Douglas Madeira dos Santos
Apenas quando queres
vem ti a me procurar,
se te busco és esgueira, feres
ao de mim se afastar.
No escondido dos altos
reciprocamente nos tivemos,
mas se desces de vossos saltos
um do outro nos abstemos.
Vi-te ontem e também me vistes,
mas as janelas te foram mais atraentes.
Há pouco... Lembra-te? Me quisestes.
No baço agora me deixas e com o olhar, mentes.
Se te convalesces teu querer
ou te esfumaças vossa vontade,
levarei o meu ao morrer,
e a minha farei que se apague.
Aceitarei vossa sentença:
a aceitação maquiarei com ingenuidade,
dos sorrisos proporcionarei a mantença,
e dos sentimentos, deixarei apenas a-finidade.
Douglas Madeira dos Santos
Graduando em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus Campinas
douglasmadeira@hotmail.com