O POEMA DO CERRADO - Matheus de Jesus Brito
16/02/2019 17:13
Sou fruto doce e fosco
Que misturado à sombra fresca
Torno-me gosto de leite materno
Para beiços macios de um recém-nascido,
Sou árvore de raiz gigante,
Provo minha luta e da minha flora;
Da nossa história, Que nós somos fortes,
Fortes como um pé de aroeira.
Sou uma onça-pintada;
Valente e destemida,
Luto todo instante por sobrevivência.
Meus corredores faunísticos são
Atropelados por corredores rodoviários,
Não acho ruim a presença do homem,
Mas que ele não ache ruim a minha.
Porém me incomodo por ele ser cego e surdo,
Pois ofereço soluções de boa convivência
Sem prejuízos a ninguém,
E não obtenho respostas.
Matheus de Jesus Brito
@matheusjbrito4@gmail.com