O SISTEMA CANTAREIRA EM SÃO PAULO E OUTROS RESERVATÓRIOS: APELOS AOS FLUMINENSES E QUIÇÁ AO “SANTO”ANCHIETA - Isis Maria Cunha Lustosa
Eh, Cantareira
Eh, Cantareira
Eh, Cantareira
Vou Aprender A Nadar
Eh, Cantareira
Eh, Cantareira
Eh, Cantareira
Eu Não Quero Me Afogar
O Sistema Cantareira: quem veste a carapuça?
Após rememorar o trecho da composição ‘Mambo da Cantareira’, faz-se a analogia entre a Companhia Cantareira – antiga estação de barcas – no estado do Rio de Janeiro e o Sistema Cantareira que “abastece 47,3% da Grande São Paulo e parte da capital.”[i] Neste se dispensa aprender a nadar. Há o perigo de paulistas ficarem com a água reduzida, inclusive pelos rodízios, diga-se sobrar H2O para se afogar. Segundo a mesma notícia ‘Documento da Prefeitura afirma que Sabesp já faz rodízio noturno de água’, a rotatividade no fornecimento concretizou-se. A carapuça devido à alegada situação crítica do Sistema Cantareira circunda na tentativa de acomodar-se nos responsáveis e, “Em meio à troca de acusações entre a Prefeitura de São Paulo e o governo do estado sobre a crise da água, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou [...] que não quer ‘transformar em picuinha política’ a maior seca das últimas décadas.”[ii] Na esfera do governo federal a Agência Nacional de Águas (ANA) se tornou uma das acusadas e o “MP pressiona ANA a se posicionar sobre racionamento no Cantareira.”[iii]
Para responder a respeito do adulto Sistema Cantareira, idealizado a partir de 1960, tem-se no centro do seu comitê de assuntos emergenciais esta adolescente autarquia ANA – Lei N° 9.984/17/7/2000 – entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. A contemporânea agência reguladora vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), encontra-se com mais duas parceiras (DAEE e SABESP) imersas no reservatório do anunciado colapso hídrico. Conforme noticiado “O comitê anticrise, formado pela ANA [...], o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), estima que o Cantareira se esgotará pela primeira vez em junho.”[iv] O agouro junino de exaustão neste sistema, dar ares de período previamente definido para acentuar o sensacionalismo sobre a pauta hídrica perante a abertura da Copa do Mundo/2014 no mesmo mês. É prognóstico astucioso do governo de São Paulo, pois a capital do estado além de cidade-sede do mundial futebolístico situa-se na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) – a linha cruzada da propagada crise de abastecimento de água.
O que está jogo no episódio Sistema Cantareira? A situação da população prejudicada no abastecimento de água? Ou, os lucros a serem gerados para os cofres públicos devido à sua apregoada condição crítica? Este sistema, embora caótico, torna-se objeto de manipulação política e quem pagará a conta injusta – para variar será a população – iludida com descontos à moda ardil do governo. Segundo anunciado os habitantes dependentes do Cantareira serão “multados se aumentarem o consumo de água [...] De acordo com Alckmin, o consumidor que gastar acima da média no próximo mês pagará conta 30% mais cara. Já para os consumidores que conseguirem economizar 20% receberão desconto de 30%.[v] Contrários a ilegalidade da medida punitiva “Representantes do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)”[vi] manifestaram-se indignados. Para o membro do IDEC “Essa multa é abusiva [...] o governo é que provocou esse tipo de crise de abastecimento. O consumidor não pode sofrer com isso. O governo do estado há anos sabe da crise de abastecimento, os reservatórios vêm operando abaixo do limite há muitos anos’.”[vii]
No pseudo desespero político pela causa hídrica, os brios governantes acirraram-se, pois o “governo paulista transforma rio Paraíba do Sul em alvo de disputa com governo fluminense [...] e busca integração com o Paraná na gestão da bacia do Ribeira [...] para escapar da dependência do sistema Cantareira.[viii] A partir do momento que o governo do estado de São Paulo apela para o Paraná, vê-se a pretensa parceria com os fluminenses, confinada. Reduzem-se as alternativas à situação. “E agora, José? E agora, você? [...] Que zomba dos outros.”[ix]
Cantareira, santo sin milagros, indígenas e “Anchieta” santo-cidade no turismo
Quiçá seja oportuno, o governador de São Paulo em prol da grave razão hídrica, apelar para o outro José, o religioso, considerado um dos fundadores da cidade de São Paulo, o recém-nominado – São José de Anchieta – proclamado santo não por milagres, mas por decreto. O acenado governante paulista, mesmo adversário do Partido dos Trabalhadores (PT), numa coligação à maneira hídrica, deveria amparar-se na mensagem expressada pelo outro parlamentar paulista senador do (PT-SP). Este durante a Primeira Mega Missa Brasileira prestada a São José de Anchieta expressou: “‘É o terceiro santo brasileiro’, comemorou o senador ao lembrar que ter um intercessor brasileiro junto a Deus é muito importante para os fiéis.”[x] A ideia do referido senador ressaltar São José de Anchieta como mediador para os brasileiros no plano celestial, tornar-se-á estratégia para o governador paulista, ainda mais em 2014, promissor para as entregas de seus ‘novos santinhos’a eleitores.
Caso o dirigente do estado de São Paulo, apele para o novo santo interceder junto ao Pai e solucionar a crise hídrica do Cantareira, quem sabe concretize uma promessa na atual missão política. Em contrapartida, José de Anchieta, tornando-se o mediador dos brasileiros, como frisou o senador petista, talvez o santo a partir do pedido pessoal na esfera divinal, receba o consentimento celestial e restabeleça as águas do Cantareira. A exata ação milagrosa! Deste modo, São José de Anchieta, ainda advogaria em causa própria, cumprindo a revelia do Vaticano a etapa dispensada na sua proclamação a santo – o milagre legítimo.
Tenebrosa a condição em latim – sancti, sine virtutibus – deste “primeiro santo de 2014 e o segundo jesuíta [...] canonizado por Francisco”[xi] a partir do decreto papal assinado em 3/4/2014 (data tática no mesmo mês comemorativo do dia do índio e do descobrimento do Brasil). São José de Anchieta mesmo sem os seus milagres confirmados foi transformado em santo. Situação embaraçosa na sua história pós-morte, pois tem “mais de 400 anos [...] a abertura de seu processo de canonização”[xii] e, no fim do procedimento que varou séculos, o papa latino-americano e o representante da “Congregação das Causas dos Santos, responsável por todos os processos de beatificação e canonização existentes na Santa Sé”[xiii] selam o processo de Anchieta sem os dois milagres.
A Arquidiocese de São Paulo, na data do citado decreto, difundiu a nota ‘Milagres de São José de Anchieta’ e jura: “No caso de Anchieta, houve a confirmação de um milagre antes de sua beatificação. Para a sua proclamação como ‘santo’, foi dispensada a confirmação de um novo milagre. O Papa pode fazer isso, usando da autoridade.”[xiv] Percebe-se a total autoridade. Nesta nota o arcebispo de São Paulo prossegue: “É verdade que não faltaram testemunhos sobre sinais prodigiosos conseguidos através da intercessão de Anchieta; mas, de modo geral, tais supostos milagres são de difícil verificação, dada a escassez de documentação e de testemunhos.”
Embora toda a glória anunciada pelo representante da Igreja Católica Apostólica Romana aos “‘Exercícios espirituais’ [de um dos membros da Província Brasileira da] Companhia de Jesus” – José de Anchieta (BOSI, 1992, p. 87), permanece a incógnita: Qual foi o milagre anterior à sua beatificação conforme a nota da arquidiocese dar a entender a existência? Sem ter papas na língua este procedimento de canonização diferenciado poderá suscitar rumores de favorecimento para o falecido padre, pois o recente papa argentino e José de Anchieta emanam da ordem religiosa dos jesuítas – Companhia de Jesus. O prefeito de São Paulo adiantou-se na cena política e resolveu a sua parte sobre o milagre: “Referindo-se ao fato de o jesuíta ter sido canonizado sem a exigência de um milagre, Haddad recordou uma frase que ouviu de sua mãe, quando era criança. ‘Não sou cristã pelos milagres de Cristo, mas pelos valores que representa’, dizia ela.”[xv]
São José de Anchieta é divulgado “o terceiro santo a ter laços estreitos com o país.”[xvi] Recorda-se que as suas amarrações quinhentistas, provém dos seus vínculos “luso-brasileiro” (BOSI, 1987, p. 72). Ou melhor, a falaciosa missão catequizadora. Segundo Pompa (2006, p. 120) “No começo da catequese, trata-se, portanto, da idéia de tornar os índios ‘homens’(= civis) para fazê-los depois, cristãos, idéia esta que acompanha todo o processo de evangelização no Brasil colonial [...].” Este mesmo “processo alegórico trabalhado por Anchieta” (BOSI, 1987, p. 75), agora na sua etapa como santo, torna-se simbólico no site da Prefeitura de Anchieta (antiga Iriritiba), no estado do Espírito Santo, local do seu falecimento.
Os Movimentos Indígenas do Brasil não estão a favor do rastro da catequese. Ainda assim, esta doutrinação foi encenada “num palanque por um grupo de atores do Schalom, [...] Vestidos de malhas brancas e usando cocares, rapazes e moças encenaram a catequização dos índios por Anchieta”[xvii] durante a missa inaugural no Brasil em homenagem a São José de Anchieta – momento político-religioso – na Catedral da Sé em São Paulo. A comemoração privativa iniciou-se no Pátio do Colégio, local em que foi erguida “a primeira construção da atual cidade de São Paulo [...] e padres jesuítas [...] estabeleceram um núcleo para fins de catequização de indígenas”[xviii] Deste ponto “cerca de 500 devotos saíram em procissão para a Catedral da Sé[xix] para participar do espetáculo teatral Anchietano de “pregação jesuítica” (BOSI, 1987, p. 69).
Indígenas Guarani, logo agiram, quem sabe em (repúdio a encenação para o público convidado da aludida missa e indignados pelas distorções dos acontecimentos passados e atuais) em favor de Anchieta. Conforme difundido “Índios passam a noite no Museu Anchieta para cobrar demarcação de terras”[xx] e, durante esta ação, acomodaram-se no mesmo local de abertura da missa show a Anchieta para pronunciarem os seus direitos constitucionais. Desta maneira, “Os índios guaranis que ocuparam [...] o Museu Anchieta, no Pátio do Colégio [...] reivindicam que o ministro da Justiça [...] assine uma portaria para regularizar as terras que eles ocupam há anos na capital paulista [...] a ideia de ocupar o Pátio do Colégio surgiu porque o local, historicamente, foi uma aldeia indígena[xxi] em São Paulo. Apesar da prova cabal ressaltada existem os simpatizantes da “catequese no Brasil [que] valorizou, quanto pôde, [...] a doutrina ensinada aos índios e negros da Colônia (BOSI, 1987, p. 72). Lamentavelmente, nem todos entendem a gravidade das pesadas conjunturas no Brasil “ao longo dos quatro séculos de missão, no interior do discurso das diferentes ordens, nos diversos momentos da história das relações entre Igreja, Estado e grupos indígenas” (POMPA, 2006, p. 135).
A Igreja Católica continua a impor as aclamações aos seus feitos. Na atividade turística o renome do padre José de Anchieta já rendia contribuições ao município Anchieta, pois no turismo religioso, a cidade expõe o Santuário de Assunção, composto pela Igreja Matriz , a residência dos padres jesuítas e o Museu do Beato José de Anchieta. A partir da sua ascensão a santo, tornar-se-á mais afamado e os tributos dos fluxos de visitantes renderão em maiores proporções para a Igreja Católica e a Prefeitura Municipal de Anchieta (no campo da cultura e do turismo). Poderá acender em Anchieta às mesmas condições de outras “cidades religiosas [que] possuem uma ordem espiritual predominante, sendo marcada pela prática religiosa da peregrinação ou romaria ao lugar sagrado” (ROSENDAHL, 1999, p. 24). Inclusive pelo roteiro vigente ‘Os Passos de Anchieta’. Segundo a Associação Brasileira dos Amigos dos Passos de Anchieta (ABAPA) é o ‘Primeiro roteiro cristão das Américas’.
O turismo em Anchieta aprimorar-se-á para a nova ação política-clerical focada no santo. A missão contemporânea, certamente aliciará parceiros para compartilhar os dízimos turísticos coesos com a representação de São José de Anchieta para o Vaticano, o Brasil, a Espanha, Portugal e outros. Reflete-se sobre os interesses recentes da Igreja Católica, assim como foram os do aludido novo santo durante o seu labor evangelizador no passado. Apesar da diminuição do número de fiéis católicos perante as outras igrejas, torna-se incoerente a canonização decretada, quiçá como tática para aumentar os números de devotos cativados pelo que ecoa como novo santo e garantir “O Brasil continua sendo o maior país católico do mundo, mesmo com a redução no número de fiéis ao longo das últimas décadas.”[xxii]
O papa Francisco vê-se na condição crítica com a Igreja Católica na diminuição de devotos, assim como Geraldo Alkmin encontra-se na situação do Cantareira na redução de água. O fato religioso revela: “Nas estatísticas, há 123 milhões de católicos no Brasil, que, segundo o último censo do IBGE, representam 64,6% da população. Um percentual que vem diminuindo e que teve uma queda acentuada nas duas últimas décadas.”[xxiii] No recorde do escrito para o vieses – santo e água não benta – se os governantes apelarem a São José de Anchieta como intercessor para o alívio da condição crítica do Sistema Cantareira, e, por desventura não alcançarem as suas graças, é provável ouvirem o provérbio santo de casa não faz milagres. A Igreja Católica não poderá julgar tais palavras como blasfêmia depois da canonização do falecido ente da Companhia de Jesus sem exigir um milagre, ao menos, oficial. Portanto, terá que arcar o ônus do santo sin milagros. Nem tardou o ocorrido, a Igreja Católica, outra vez se resguarda e “Segundo o padre Valeriano dos Santos Costa [...] a proclamação do jesuíta espanhol como santo ocorreu por suas ações que, segundo ele, ‘comprovaram que sua vida foi cheia de milagres’.”[xxiv] É admirável mais esta justificativa, pura e simples, e o referido padre na mesma notícia conclui: "[Com essa atitude] Acredito que a Igreja Católica deve rever o método de canonização. Isso pode abrir outras possibilidades para criar mais santos."
Sistema Cantareira, outros reservatórios de água e os arremates
Só de pensar na mutável criação de santos “tô ficando bambo [...] Por isso agora resolvi cantar o mambo/ Vamos cantar o mambo Cantareira.”[xxv] Retoma-se a essência desta discussão, o Sistema Cantareira, agregando-a a outros reservatórios hídricos. A agravante conjuntura referente ao abastecimento de água no Brasil não é exclusiva da RMSP. Muitos outros estados encontram-se comprometidos com condições parentes à paulistana. Contudo, tornam-se quase invisíveis perante os destaques à crise hídrica em São Paulo. Como está o volume de água em – Sobradinho e Xingó – reservatórios que assistem ribeirinhos às margens do rio São Francisco (ameaçado pelo projeto da transposition)? Espera-se não render multa para os lados de cima do país, pois a mídia já expressa: “No Nordeste, o volume de água no rio e nos reservatórios do Rio São Francisco não para de cair. A produção de energia pode ser afetada. Os ribeirinhos já sentem os efeitos desta seca histórica.”[xxvi]
Ainda que pondere a propósito do abastecimento da RMSP no Sudeste, ao mesmo tempo incorpore a citada situação no Nordeste e, também, saiba das veiculações relativas aos índices deficientes dos reservatórios, muitas vezes colocando questões climáticas como causadoras das implicações negativas na redução de água para a população, alguns estudiosos não aceitam o clima como a causa do déficit do Cantareira. Em entrevista a “pesquisadora de Ciências Atmosféricas da USP, diz [...] que São Paulo já viveu períodos graves de escassez. ‘Não é nem preciso falar em mudanças climáticas. Existe a variabilidade normal do clima.’”[xxvii] Portanto, os responsáveis pelo Sistema Cantareira não podem transformar as falhas das suas gerências em fatores climáticos. Na mesma matéria a especialista esclarece “‘Desde 1930, tivemos vários anos de precipitação bem abaixo da média, alguns deles seguidos. Se aconteceu no passado, pode acontecer de novo. Não é surpresa’” em São Paulo. E finaliza na entrevista a sua opinião a respeito do Cantareira “‘A crise expôs a fragilidade do sistema, que opera no limite. Bastaram três meses de pouca chuva para ver que ele não se sustenta’.”
De fato, muita coisa demonstra-se insustentável, como as fragilidades a respeito do Sistema Cantareira com as suas problemáticas transferidas para os bolsos dos consumidores. Também as inconsistências relativas ao novo santo criado por lei no âmbito religioso-político para convencer os fiéis católicos e atrair os novos devotos. Nas campanhas eleitorais iremos nos deparar com os santinhos impressos em prol do Cantareira? Ou, segundo Bosi (1992, p. 72) com “os objetos ditos sacramentais, como o incenso e a água benta, as relíquias, as medalhas, os rosários e terços, [...], os escapulários, os círios e os ex-votos, um sem número de signos [...]” para representar o legado da missão jesuíta na visão da Igreja, ao mesmo tempo, servirem de arquétipos para exibir a imagem de São José de Anchieta a fim de cheguem a ele os rogos de graças. Se atendidas, quem sabe, tornar-se-ão os seus milagres contemporâneos!
O arcebispo de São Paulo adianta-se e evoca: “Oh, sim, valei-nos, São José de Anchieta! Olhai para o nosso Brasil, o ‘vosso’ Brasil! Pedi essas graças para nós! Precisamos muito desses milagres!”[xxviii] De fato, o Estado da Cidade do Vaticano e os seus representantes precisam mesmo alcançar e apresentar os dois virtutibus, milagros ou milagres Anchietanos. E, José de Anchieta, revelar-se como “um santeiro, milagreiro”[xxix] em espanhol, latim ou português. Ou, a Igreja Católica, assumirá que “mais um santo para esculpir é o que lhe vale.”[xxx]
Eleva-se o nível de água do Sistema Cantareira. Milagre! Por enquanto, é pura ilusão, o recurso hídrico somente declina. Os habitantes afetados temem a falta da água potável e as fraudes das multas nos seus bolsos como pagamentos dos encargos públicos. E agora, o José não político, o José não santo, esse José trabalhador não poderá beber e usufruir da água merecida para continuar a viver e fazer jus ao seu direito de cidadão.
Isis Maria Cunha Lustosa
Doutora em Geografia
Pesquisadora Externa no Laboter/IESA/UFG
Referências
BOSI, ALFREDO. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
POMPA, Cristina. Para uma antropologia histórica das missões. In: MONTERO, Paula. (Org.). Deus na aldeia: missionários, índios e mediação cultural. São Paulo: Globo, 2006. p. 111-142.
ROSENDAHL, Zeny. Hierópolis: o sagrado e o urbano. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1999. 112 p.
[i] Documento da Prefeitura afirma que Sabesp já faz rodízio noturno de água. Disponível em: . Acesso em: 24 abr. 2014.
[ii] Não vamos transformar a maior seca em picuinha política, diz Alckmin. Disponível em: . Acesso em: 22 abr. 2014.
[iii] Disponível em:
[iv] Maior crise hídrica de São Paulo expõe lentidão do governo e sistema frágil. Disponível em: . Acesso em: 4 abr. 2014.
[v] Nível de água do Sistema Cantareira cai e fica abaixo dos 12%. Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 22 abr. 2014.
[vi] Entidades dizem que cobrança de multa pelo uso da água é ilegal. Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 24 abr. 2014.
[vii] Idem.
[viii] Por água, São Paulo entra em conflito com Rio e busca integração com Paraná. Disponível em: <https://ultimosegundo.ig.com.br>. Acesso em 15 abr. 2014.
[ix] E agora, José? Disponível em: < https://letras.mus.br/paulo-diniz/102398/>. Acesso em: 15 abr. 2014.
[x] Primeira missa de São José de Anchieta é feita em tupi, latim e português. Disponível em:
. Acesso em: 10 abr. 2014.
[xi] Papa Francisco assina decreto que torna santo o padre José de Anchieta. Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 4 abr. 2014.
[xii] Idem.
[xiii] Idem.
[xiv] Disponível em: < https://www.arquidiocesedesaopaulo.org.br>. Acesso em: 4 abr. 2014.
[xv] Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2014.
[xvi] Papa Francisco assina decreto que torna santo o padre José de Anchieta. Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 4 abr. 2014.
[xvii] Missa feita para Anchieta atrai mais de 2 mil fiéis. Disponível em: < https://www.estadao.com.br>. Acesso em: 16 abr. 2014.
[xviii] Pátio do Colégio. Disponível em: . Acesso em: 23 abr. 2014.
[xix] Missa feita para Anchieta atrai mais de 2 mil fiéis. Disponível em: < https://www.estadao>. Acesso em: 16 abr. 2014.
[xx] Disponível em: . Acesso em: 18 abr. 2014.
[xxi] Idem.
[xxii] Brasil ainda é o maior país católico do mundo, mesmo com redução de fiéis. Disponível em: . Acesso em: 10 abr. 2014.
[xxiii] Idem.
[xxiv] Papa Francisco assina decreto que torna santo o padre José de Anchieta. Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 4 abr. 2014.
[xxv] Mambo da Cantareira. Gordurinha. Disponível em: <https://www.youtube.com>. Acesso em: 15 abr. 2014.
[xxvi]Volume de água nos reservatórios do Rio São Francisco não para de cair. Disponível em: . Acesso em: 10 abr. 2014.
[xxvii] Maior crise hídrica de São Paulo expõe lentidão do governo e sistema frágil. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br>. Acesso em: 4 abr. 2014.
[xxviii] Milagres de São José de Anchieta. Disponível em: <https://www.arquidiocesedesaopaulo.org.br>. Acesso em: 4 abr. 2014.
[xxix] Milagreiro. Djavan. Disponível em: . Acesso em: 24 abr. 2014.
[xxx] Idem.
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