RECÔNDITO DA POESIA – Ricardo Oliveira
Busco um sorriso que se esconde,
Em um lugar distante de mim.
É a imensidão de um campo com flores,
Em mistérios a sondar meus sonhos.
Parece-me viver de alegria,
E bailando com sintonia,
Vem à luz das estrelas trazerem...
Penso em como não enxergar,
A doçura de seu olhar,
Enquanto a poesia começar a circular.
E circula ao redor do sol,
Até mesmo me conta sobre a lua.
Confesso como faz para serem os versos,
Andando em cada esquina.
Conhecer é apenas detalhe,
Que não cabe aqui!
Contudo é muita sorte,
Mais uma vez a ver e sentir.
Ò misteriosa candura!
No qual não se deixar envolver,
Nem se prende a qualquer coisa,
Nem o coração quer deixar bater.
É certo que vos falo,
Também é verdadeiro o que meus olhos viram.
Quando voltar a encontrar,
O que perdido pode estar,
Irei pra sempre contemplar,
O rosto que me fez,
Poetizar sem fingir.
Espero ser o quanto antes,
Antes mesmo que chegue a voz que me tortura.
Esta voz, cujo som desconheço,
E talvez seja a de minha alma,
Transforma meu caminhar em pesadelo,
E seus suspiros arrancam a minha fala.
O que desejo é muito simples,
Tal qual pedir para se ter um sorvete.
É a felicidade de uma poesia nova,
Como estou tendo pra viver.
E subitamente me encherei,
Das coisas dos quais me farão nascer.
Ricardo Oliveira